segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Etimologia de "Eletricidade"

O filósofo grego Tales de Mileto, que viveu por volta do ano 600 a.C., já havia advertido que o âmbar, uma substância resinosa amarelada, ao ser esfregado, especialmente com peles de animais, adquiria a estranha propriedade de atrair objetos leves, como plumas e outros pequenos corpos. Os gregos não sabiam como explicar esse fenômeno, que ficou registrado, então, como um comportamento curioso do "elektron", como chamavam o âmbar.
A palavra foi herdada pelos romanos, que a chamaram "electrum", mas as causas da propriedade de atrair alguns pequenos corpos continuaram ignoradas até fins do século XVI, quando o médico inglês William Gilbert ( 1544 – 1603 ), em pleno Renascimento, publicou seu trabalho De magnete, no qual aventurava as primeiras hipóteses sobre aquela misteriosa característica. 
Devemos ter em conta que então se ignorava a estrutura do átomo e tampouco se sabia da existência dos elétrons, e que a única propriedade conhecida ( ainda não explicada ) da eletricidade, era a que se verificava com o âmbar. Em 1646, outro médico inglês, sir Thomas Browne, escreveu um tratado em latim sobre o mesmo fenômeno, intitulado Pseudoxia epidemica, mais conhecido como Erros Vulgares.
Em 1740, o cientista americano Benjamin Franklin ( 1706 – 1790 ) realizou experiências com uma pipa de papel em uma tempestade. Por esse caminho abordou a eletricidade sob outro ponto de vista, até que se descobriu que o comportamento de raios e trovões estava associado, de alguma forma, às propriedades do âmbar, pelo que todos estes fenômenos foram englobados sob o nome genérico de eletricidade.
Os pesquisadores já começavam a suspeitar de que aquelas surpreendentes propriedades da matéria poderiam chegar a constituir uma fonte de energia, mas estavam ainda longe de conceber até que ponto aquela força desconhecida seria um dia tão importante para a humanidade.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Você tem preconceito linguísitco?

Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos:

1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;

2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;

3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.

Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo:

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.
Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.
Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.
Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.
Simplificação da concordância: as menina/as meninas.
Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.
Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.
Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).
Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.
Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.
Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.
Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.

Variações regionais: os sotaques
Se você fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez se surpreenda. Muita gente não gosta de falar tal palavra, pois acreditam que há o perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio apareça. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa, que traz uma linguagem muito característica do sertão centro-oeste do Brasil:

Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo, O Galhardo, O pé-de-pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim, O Mafarro, O Pé-preto, O Canho, O Duba-dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem que não existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.

Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, que elabora seu texto a partir de uma variação linguística relacionada ao vocabulário usado em uma determinada época no Brasil.

Antigamente
"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época medieval.

Língua e status
Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para percebers que há preconceito em relação a elas.

Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:

O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argun menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
(...)

Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.

Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira".

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.

Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades linguísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações linguísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito linguístico.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Como encontrar um Substantivo?

É de fundamental importância reconhecermos a natureza morfológica das palavras, para entendermos quais funções sintáticas elas poderão assumir numa frase. Ilustrando tal afirmação, observe o seguinte enunciado:

A lua brilhava intensamente naquela noite fria de inverno.

Se partirmos para a análise morfossintática dessa oração, perceberemos que tudo está ligado. E a melhor maneira de encontrarmos os elementos morfológicos essenciais, que determinarão a função sintática de cada termo da frase (e encontrar o substantivo é essencial para a análise), é relacioná-los com os elementos da própria frase. Vejamos:

Se quisermos descobrir qual a natureza morfológica da palavra lua, basta observarmos qual palavra a antecede ou poderia antecedê-la. Nesse caso, é o artigo "A", que desempenha o papel de determinante da palavra "lua". Logo, a palavra lua é um substantivo.

Em Português, só é substantivo, a palavra que se deixa anteceder por determinantes.

Até onde sabemos, nenhum falante da língua portuguesa diria: Lua a brilhava... ou seja, nenhum falante colocaria o artigo a depois do substantivo lua.

Todavia, alguém poderia se perguntar: e o que são determinantes? Como o próprio nome já diz, determinantes são palavras, fáceis de se memorizar, que identificam a referência de um substantivo por meio da situação espaço-temporal ou para delimitar seu número.

É por isso que reconhecemos como determinantes simples a classe fechada dos artigos, tanto os definidos, quanto os indefinidos (a, o, as, os, um, uma, uns, umas), os pronomes possessivos (meu, minha, teu, tua, nosso, vosso, dele, dela, seu, sua), os pronomes demonstrativos (esse, essa, aquele, aquela, aquilo etc), e os numerais cardinais e ordinais (um, dois, três etc) (primeiro, segundo, terceiro etc).

Por este critério, para termos certeza de que a palavra lua morfologicamente é um substantivo, bastaria fazermos a permuta por outros determinantes, dentre os que vimos acima:

Reprodução

Recapitulando teríamos: todo substantivo deixa-se anteceder por determinantes.

Referência bibliográfica

SAUTCHUK, Inez. "Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática". Barueri, São Paulo, Manole, 2004.

Etimologia de "Futebol"

O futebol, no mundo moderno, substitui as rudes competições dos cavaleiros medievais. Este esporte, nascido na Inglaterra do século XIX e difundido no mundo inteiro, tomou seu nome das palavras inglesas foot= pé e ball= bola, dois vocábulos cujas origens podem ser rastreadas desde muito longe.

Foot  provém das raizes pod- e ped-, das línguas pré-históricas indoeuropéias, que também deram lugar ao vocábulo grego pous= pé, do qual procedem palavras como trípode, pódio e antípoda.

Provém também dessas raízes a voz sânscrita padas= pé, e a lituana pedà= passo. Para a nossa língua, a derivação mais importante resultou do latim pedes= pé, que deu lugar a incontáveis palavras, tais como pedicure, peão, pedal, velocípede.

Ball, por sua vez, chega do grego ballein, que significava arrojar, arremessar.

A palavra futebol foi inicialmente recusada pelos puristas, que a consideravam um anglicismo, pelo que intentaram sem sucesso impor ludopédio, formada pelas palavras latina ludus=jogo, e grega podos= pé.

Etimologia de "Hipócrita"

Com frequência, ouvimos dizer fulano é um artista, não como elogio aos dotes histriônicos dessa pessoa, mas para assinalar que é um fingidor, um hipócrita. A hipocrisia é uma arte.
Etimológicamente: a palavra se deriva do grego hypokrisía (hypokrisis, em grego classico) que era, precisamente, a arte de desempenhar um papel teatral.
Para Suetônio, um hypocrites não é apenas aquele que imita outro personagem na comédia, um comediante, mas também, um histrião e até um bobo.
Nos escritores cristãos da Idade Média, cristalizou-se o sentido de falsidade da interpretação teatral do hipócrita, que se converte em alguém que finge sentimentos opostos aos que realmente experimenta, com o objetivo de enganar a alguém.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ambiguidade

A ambiguidade é um dos problemas que podem ser evitados na redação. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto.
A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. 
Exemplos:
  • "O professor falou com o aluno parado na sala"
    Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".

  • "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."
    O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que localiza-se na rua Santos"

  • "Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão."

    Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com frequência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depressão".

    Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.

     

    Ambiguidade como recurso estilístico

    Em certos casos, a ambiguidade pode se transformar num importante recurso estilístico na construção do sentido do texto. O apelo a esse recurso pode ser fundamental para provocar o efeito polissêmico do texto. Os textos literários, de maneira geral (como romances, poemas ou crônicas), são textos com predomínio da linguagem conotativa (figurada). Nesse caso, o caráter metafórico pode derivar do emprego deliberado da ambiguidade.

    Podemos verificar a presença da ambiguidade como recurso literário analisando a letra da canção "Jack Soul Brasileiro", do compositor Lenine.

    Já que sou brasileiro
    E que o som do pandeiro é certeiro e tem direção
    Já que subi nesse ringue
    E o país do suingue é o país da contradição
    Eu canto pro rei da levada
    Na lei da embolada, na língua da percussão
    A dança, a muganga, o dengo
    A ginga do mamulengo
    O charme dessa nação
    (...)

    Podemos observar que o primeiro verso ("Já que sou brasileiro") permite até três interpretações diferentes. A primeira delas corresponde ao sentido literal do texto, em que o poeta afirma-se como brasileiro de fato. A segunda interpretação permite pensar em uma referência ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro - o "Zé Jack" -, um dos maiores ritmistas de todos os tempos, considerado um ícone da história da música popular brasileira, de quem Lenine se diz seguidor. A terceira leitura para esse verso seria a referência à "soul music" norte-americana, que teve grande influência na música brasileira a partir da década de 1960.

     

    O recurso à ambiguidade no texto publicitário

    Na publicidade, é possível observar o "uso e o abuso" da linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jogos de palavras. Esse procedimento visa chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Para entender melhor, vamos analisar a seguir um anúncio publicitário, veiculado por várias revistas importantes.

    Sempre presente
    Ferracini Calçados

    O slogan "Sempre presente" pode apresentar, de início, duas leituras possíveis: o calçado Ferracini é sempre uma boa opção para presentear alguém; ou, ainda, o calçado Ferracini está sempre presente em qualquer ocasião, já que, supõe-se, pode ser usado no dia a dia ou em uma ocasião especial.

    Se você não se julga ainda preparado para uma utilização estilística da ambiguidade, prefira uma linguagem mais objetiva. Procure empregar vocábulos ou expressões que sejam mais adequadas às finalidades do seu texto.

  • sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

    Palíndromos e Tautologia

    Um Palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos: esquerda para a direita e vice-versa.
    Exs.: OVO, OSSO, RADAR. 


    O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
    SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
    ANOTARAM A DATA DA MARATONA

    ASSIM A AIA IA A MISSA

    A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA

    A DROGA DA GORDA

    A MALA NADA NA LAMA


    A TORRE DA DERROTA

    LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL

    O CÉU SUECO

    O GALO AMA O LAGO

    O LOBO AMA O BOLO

    O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO

    RIR, O BREVE VERBO RIR

    A CARA RAJADA DA JARARACA

    SAIRAM O TIO E OITO MARIAS


    ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DE


    E você sabe o que é tautologia?
    É o termo usado para definir vícios e erros mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
    O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'.

    Há outros, observe:
    - ambos os dois
    - elo
    de ligação
    - acabamento final
    - certeza absoluta
    - quantia exata
    - nos dias 8, 9 e 10, inclusive
    - juntamente com
    - em duas metades iguais
    - sintomas indicativos
    - há anos atrás
    - vereador da cidade
    - outra alternativa
    - detalhes
    minuciosos
    - a razão é porque
    - anexo junto à carta
    - de sua
    livre escolha
    - superávit
    positivo
    - todos foram unânimes
    - conviver
    junto
    - fato real
    - encarar de frente
    - multidão de pessoas
    - amanhecer o dia
    - criação nova
    - retornar de novo
    - empréstimo temporário
    - surpresa inesperada
    - escolha opcional
    - planejar antecipadamente
    - abertura
    inaugural
    - continua a permanecer
    - a
    última versão definitiva
    -
    possivelmente poderá ocorrer
    - comparecer
    em pessoa
    - gritar
    bem alto
    - propriedade característica
    - demasiadamente excessivo
    - a seu critério
    pessoal
    - exceder em muito


    Todas essas repetições são dispensáveis.

    quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

    Você sabe usar o LHE ?

    A dúvida sobre o uso do lhe é de ordem regencial. Há muitas dúvidas quanto a correta regência verbal. Os verbos são transitivos diretos, indiretos ou intransitivos? Exigem preposição ou não? Possuem objetos diretos ou indiretos?
    Vejamos:
    - O verbo intransitivo não exige complemento, então dizemos que possui sentido completo.
    Ex.: O menino nasceu.

    - O verbo transitivo exige complemento e é dividido em: transitivo direto e indireto.

    Transitivo indireto: quando o complemento do verbo vem antecedido por preposição:

    Nós precisamos de carinho. (de carinho = objeto indireto)
    Transitivo direto: quando o complemento não exige preposição:
    Nós buscamos amor e carinho. (amor e carinho = objeto direto)

    O pronome oblíquo lhe é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la, los, las são dos objetos diretos.

    Assim, a expressão cumprimentar-lhe está errada, pois o verbo cumprimentar é transitivo direto, ou seja, exige complemento, porém sem preposição.

    a) Quero cumprimentar meu pai pelo esforço. Quero cumprimentá-lo pelo esforço.

    Agora, observe uma oração na qual o verbo exige um complemento com preposição:

    a) Respondeu ao  chefe prontamente. Respondeu-lhe prontamente.

    Em caso de dúvida é necessário a observação do verbo, pois é ele quem diz se é necessário o uso ou não de preposição.

    Vejamos mais um exemplo: Vou convidar a minha melhor amiga para a festa.

    Qual o correto: Vou convidar-lhe para a festa ou Vou convidá-la para a festa?

    O verbo convidar é transitivo direto, ou seja, exige complemento. Contudo, este complemento é ou não precedido de preposição? Não. Quem convida, convida alguém e não de alguém, por alguém, etc. Logo, a correta é a segunda oração.

    Convido-os para ler atentamente às explicações supracitadas!

    terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

    Acentuação das Paroxítonas

    Jovens: Estudem estes itens. Não fiquem nas nuvens curtindo paisagens...

    As palavas paroxítonas (cujo acento é na penúltima sílaba) têm uma série de regras de acentuação, não é mesmo? Porém, acontece um fato curioso que, às vezes, nem nos atentamos, que é a perda do acento de algumas delas, quando escritas no plural. 
    O acordo ortográfico define que as palavras paroxítonas terminadas em “L”, “R”, e “X” são acentuadas. Como exemplo temos: amável, dócil, açúcar, éter, córtex, tórax.
    Entre as palavras acentuadas no singular e perdem o acento quando no plural, estão as terminadas em "N”. Exemplos: alúmen, hífen, hímen, líquen, pólen. 
    Plural:       alumens, hifens, himens, liquens e polens.

    Em função disso, as paroxítonas terminadas em "ENS" não devem ser acentuadas. São os plurais de palavras como "item" “homem”, “jovem”, “nuvem”, polem, semem que não recebem acento nem no singular, nem no plural.

    (Como já mencioneu, o mesmo acontece com alumens, hifens, himens, liquens e polens, ou seja, todas sem acento).

    No entanto, existem formas paralelas para algumas, como podemos observar em:
    Alúmen ou alume
    Alumes ou alúmenes. (Aqui não se trata de uma paroxítona e sim de uma proparoxítona).
    Hímen, himens ou hímenes
    Líquen, liquens ou líquenes


    Para entender isso, o mais fácil é lembrar outra regra, a das oxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a última). As oxítonas terminadas em "-em" e "-ens" são acentuadas - é por isso que acentuamos palavras como "alguém", "ninguém", "vintém", "parabéns", "manténs" etc.

    Se as oxítonas terminadas em "-em" e "-ens" têm acento, as paroxítonas com idêntica terminação não o têm. O sistema de acentuação baseia-se no princípio da oposição.

    Pode parecer até surpreendente, mas quando se trata da linguagem formal, sabemos que a mesma pauta-se pelas normas gramaticais. Portanto, não nos cabe outro recurso senão segui-las.

    "Era um morto desconhecido, tendo por roupa só as algas, os liquens e as coisas verdes do mar." (Rubem Alves)

    Emprego dos Porquês

    Por que
    O por que tem dois empregos diferenciados:

    Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

    Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
                     Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)


    Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

    Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)


    Por quê
    Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

    Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
                     
    Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.


    Porque
    É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

    Exemplos: Não fui ao cinema porque  tenho que estudar para a prova. (pois)
                     Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)


    Porquê
    É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

    Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada.(motivo)
                     Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão).

    segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

    Etimologia de "Energúmeno"

    A palavra grega ergon significava obra, trabalho, coisa feita. Daí formou-se também em grego, inicialmente, organon, algo que serve para cumprir algumas tarefas. Da mesma forma, ergon com a anteposição da partícula en forma energeia, energia, força interna viva e atuante. 
    Ergon aparece também em palavras mais recentes, como ergonomia, que se refere às regras que se empregam para administrar melhor a energia humana no manejo de uma máquina.
    Er.go.no.mi.a - sf.
      1  Estudo das relações entre o homem e a máquina, visando melhorar as condições de trabalho e o consequente aumento da produtividade.
     [F.: erg(o)- + -nomia.]
    A mesma raiz  ergon aplicada a um particípio, energoumenos, significava, em grego, algo trabalhado internamente e, consequentemente, alguém que mostra um entusiasmo descontrolado, como possuído pelo demônio, e que, eventualmente, se comporta com violência. A forma passiva dá à raiz a denotação de que  trata-se de uma energia que existe dentro do próprio sujeito, mas cuja causa está na realidade fora dele, como parece ocorrer com os energúmenos.

    Nova Ortografia - Principais Alterações


     Alfabeto: O alfabeto brasileiro já tem 26 letras. Foram incluídas k, w e y, usadas em casos especiais, como em siglas e palavras originárias de outras línguas. Exs.: Franklin, frankliano; Darwin, darwinismo; Kuwait, kuwaitiano; Kant, kantismo. Km (para quilômetro), kg (para quilograma), kW, (para kilowatt), W (para oeste - West).

    Trema: O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Conserva-se, no entanto, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner; mülleriano, de Müller; etc. Exs.: Bilíngue (ou bilingue), linguista, cinquenta, equino, linguístico, tranquilo, pinguim.

    Acento Diferencial: Deixa de existir para diferenciar duas palavras de significado diferente, mas escritas da mesma forma.
    Para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
    Pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
    Polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo;
    Pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera.
    Há as seguintes exceções:
    Pôde (verbo poder no passado) conserva o acento para se distinguir de pode (verbo poder no presente);
    Pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir de por (preposição).

    Uso facultativo nos casos:
    Dêmos (do verbo no subjuntivo que nós dêmos) para se diferenciar de demos (do passado nós demos);
    Fôrma (substantivo) para se diferenciar de forma (verbo).

    Ditongo Aberto: O acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos das palavras paroxítonas, como alcaloide, assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.
    As palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói continuam acentuadas: chapéu, herói, corrói, remói, céu, véu, lençóis, anéis, fiéis, papéis, Ilhéus.

    Hiato: Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos dos seguintes casos:
    oo – enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo;
    ee – creem, deem, leem, releem, veem, preveem
    O acento circunflexo continua valendo para sinalizar o plural dos verbos ter e vir e seus derivados: eles têm, eles vêm, eles retêm, eles intervêm.

    U tônico: A letra u não será mais acentuada nas sílabas que, qui, gue, gui dos verbos como arguir, redarguir, apaziguar, averiguar, obliquar. Assim, temos apazigue (em vez de apazigúe), argui (em vez de ele argúi), averigue, oblique. Pode-se também acentuar desta forma esses verbos: ele apazígue, averígue, oblíque.

    I e U tônicos: As palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas. Desta forma, escreve-se feiura, baiuca, boiuno, cauila. Essa regra não vale quando se trata de palavras oxítonas; nesses casos, o acento permanece. Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú.
    Escreve-se com i, e não com e, antes da sílaba tônica: Adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos -iano e -iense. Exs.: acriano (do Acre), camoniano (referente a Camões), torriense (de Torres), açoriano (dos Açores), rosiano (relativo a Guimarães Rosa).

    Uso do Hífen:
    I – Usa-se:
    1- Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, mini-hotel, bem-humorado, mal-humorado, sobre-humano, super-homem.
    2- Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico, auto-observação, contra-ataque.
    3- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
    4- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
    5- Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, pró-europeu, pré-vestibular, recém-nascido, sem-terra.
    6- Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exs.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
    7- Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exs.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
    8- Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exs.: vice-rei, vice-almirante etc.
    9- Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exs.: inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista.
    Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. Exs.: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

    II- Não se usa o hífen:
    1- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, coautor, plurianual, semiaberto.
    Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
    2- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exs.: anteprojeto, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, ultramoderno.
    3- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exs.: antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista.
    4- Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exs.: hiperativo, interescolar, superamigo, superaquecimento.
    5- Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exs.: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, pontapé.

    Atenção: Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exs.:
    Na cidade, conta-
    -se que ele foi viajar.
    O diretor recebeu os ex-
    -alunos.

    sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

    Etimologia de "Manequim"

    Nos últimos anos, tornou-se mais comum o nome de Modelo para a profissão de homens e mulheres que desfilam mostrando novos desenhos de roupa, porém durante muito tempo empregou-se a palavra Manequim, hoje reservada mais para os bonecos usados para expor a roupa da moda nas vitrines das lojas.

    Esta palavra originou-se no neerlandês manneken, diminutivo de man, homem, e foi usada, no princípio, para denominar os bonecos de madeira que os pintores e escultores usavam como modelos, até que o empresário francês Charles Fréderic Worh (1825 – 1895), proprietário da casa de alta costura Worth, decidiu em 1858, utilizar aqueles bonecos para mostrar seus modelos à clientela, onde o nome original holandês foi adaptado para mannequin.
    Worth, como outros empresários do seu ramo, não tardou em perceber que esta função seria muito melhor cumprida com manequins vivos e inaugurou assim uma profissão que, inicialmente, levou o nome do boneco holandês e que chegou ao Português como manequim.

    Pontue Corretamente

    Pontuação: 

    Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação.

    Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
    • ponto:
    Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto.
    Desejo-lhe uma feliz viagem.
    A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto, tudo no seu interior era conservado com primor.
    O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
    O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
    • o ponto-e-vírgula:
    Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
    Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
    a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
    Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
    b) separar vários itens de uma enumeração:
    Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
    II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
    III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
    IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais.
    (Constituição da República Federativa do Brasil)
    • dois-pontos:
    Os dois-pontos são empregados para:
    a) uma enumeração:
    ... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
    Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível...
    (Machado de Assis)
    b) uma citação:
    Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
    - Afinal, o que houve?
    c) um esclarecimento:
    Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
    Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
    NOTA A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
    Querida amiga:
    Prezados senhores,
    • ponto de interrogação:
    O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
    O criado pediu licença para entrar:
    - O senhor não precisa de mim?
    - Não obrigado. A que horas janta-se?
    - Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
    - Bem.
    - O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
    - Não.
    (José de Alencar)
    • ponto de exclamação:
    O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
    - Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
    - Então janta, homem!
    (Eça de Queiroz)
    NOTA
    O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
    Oh!
    Valha-me Deus!
    • O uso da vírgula:
    Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
    a) para separar os elementos mencionados numa relação:
    A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias.
    O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
    Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
    Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
    b) para isolar o vocativo:
    Cristina, desligue já esse telefone!
    Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
    c) para isolar o aposto:
    Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
    Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
    d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
    Gastamos cinco mil reais na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.
    Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
    e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
    Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
    Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
    f) para isolar elementos repetidos:
    O palácio, o palácio está destruído.
    Estão todos cansados, cansados de dar dó!
    g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
    São Paulo, 22 de janeiro de 2011.
    Roma, 13 de dezembro de 2010.
    h) para isolar os adjuntos adverbiais:
    A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
    Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
    i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
    Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
    Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
    Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
    j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
    Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
    Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
    k) para separar o paralelismo de provérbios:
    Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
    Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
    l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
    Com muito amor,
    Respeitosamente,
    m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
    Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
    Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
    n) para isolar orações intercaladas:
    Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
    O filme, disse ele, é fantástico.

    quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

    Alguns Vícios de Linguagem

     Entender que a língua se manifesta de maneiras diferentes conforme o contexto é muito importante para quem deseja escrever e fazer isso bem, por isso elimine os vícios de linguagem de seu texto (a não ser que sejam usados como recurso expressivo) pois, eles são desvios das normas da língua-padrão, provocados por descuido ou por ignorância que o falante possui dessas mesmas normas. Dependendo do domínio em que ocorre o desvio, os vícios de linguagem classificam-se em vários tipos:

    1. Barbarismo
    Sem nenhuma relação aos "barbeiros" que infestam o trânsito, costuma-se chamar de barbarismo aos desvios da norma processados no domínio:

    - da grafia: advinhar em vez de adivinhar;
    - da pronúncia: rúbrica em vez de rubrica;
    - da morfologia: interviu em vez de interveio;
    - da semântica (do sentido das palavras): O erro me passou desapercebido em vez de despercebido.

    Incluem-se ainda como barbarismo todas as formas de estrangeirismo, isto é, uso de palavras ou expressões de outras línguas:

    - galicismo (do francês): Mise-en-scène em vez de encenaçãoParti pris em vez de opinião preconcebida.
    - anglicismo (do inglês): Weekend em vez de fim de semana.

    2. Arcaísmo
    Consiste no emprego de palavras ou expressões antigas que já caíram de uso.
    Exemplo: asinha em vez de depressaantanho em vez de no passado.

    3. Neologismo
    Emprego de palavras novas que, apesar de formadas de acordo com o sistema da língua, ainda não foram incorporadas pelo idioma.
    Exemplo: As mensagens telecomunicadas foram vistas por poucas pessoas.

    4. Solecismo
    O solecismo inclui erros de sintaxe:
    - de concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram).
    - de regência: Os comerciantes visam apenas o lucro (em vez de ao lucro).
    - de colocação: Não tratava-se de problema sério (em vez de não se tratava).

    5. Anfibologia ou ambiguidade
    Ocorre quando a frase admite mais de uma interpretação.
    Exemplo: Presidente e Governador se desentenderam por causa de sua má administração.

    Etimologia de "Vernissagem"

    De origem francesa, o vocábulo designa o dia da inauguração de uma exposição de arte e geralmente consiste numa festividade reservada para convidados escolhidos e para a imprensa. Este seleto público que frequenta as vernissagens tem assim uma espécie de elegante pré-estreia da exibição (acompanhada de uma indispensável "boquinha", é claro, já que ninguém é de ferro). O vocábulo — literalmente “envernizagem” — vem do Francês vernis (o nosso verniz) e remonta ao velho costume de dedicar o dia anterior à abertura de uma exposição para os artistas aplicarem o verniz protetor nas pinturas a óleo ou fazerem os últimos acabamentos em seus quadros. Na Inglaterra, sempre tão metódica em seus registros, sabe-se que essa tradição vem desde 1809, quando foi oficialmente instituída pela  Royal Academy of Arts. Conta-se, inclusive, que um dos maiores paisagistas ingleses do século passado, o famoso Turner, aproveitava esse dia para fazer mudanças substanciais em suas pinturas.
    Um pouco antes da Guerra de 1914, o termo francês vernissage começou a se difundir nos meios artísticos ocidentais, inclusive nas Américas, trazendo com ele o fascínio e o charme da  Belle Epoque. Seu processo de entrada no nosso idioma foi o mesmo de milhares de outros vocábulos importados: primeiro, ingressou aqui como turista, sendo facilmente reconhecível por sua indumentária estrangeira (seu gênero era  masculino e ostentava uma terminação em -age, inexistente no Português).  Depois, no entanto, como os nacionais simpatizassem com ele e o convidassem a fixar residência aqui, abandonou o seu ar gaulês e adotou uma aparência genuinamente vernácula: adaptou sua terminação para o portuguesíssimo -agem e, ipso facto, passou ao gênero feminino — exatamente como fizeram os seus conterrâneos mirage, sabotage, bagage, fuselage, entre muitos outros, que se transformaram em miragem, sabotagem, bagagem, fuselagem. Todos vivem hoje pacificamente ao lado de nossos ferragem, camaradagem, carceragem, vantagem e mais centenas de outros substantivos nativos que têm o mesmo sufixo, sem que puristas xenófobos corram atrás deles com o dedo acusador.

    quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

    Resumos de Obras Literárias

    Os melhores resumos de obras literárias estão no saite http://www.resumolivre.com.br/resumos
     
     

    Vozes de animais e barulhos (ruídos)


    (Fonte: Dicionário Michaelis. )
    Abelha - azoinar, sussurrar, zinir, ziziar, zoar, zonzonear, zuir, zunzum, zumbar, zumbir, zumbrar, zunzir, zunzar, zunzilular, zunzunar 
    Abutre, açor - grasnar 
    Águia - borbolhar, cachoar, chapinhar, chiar, escachoar, murmurar, rufar, rumorejar, sussurrar, trapejar, crocitar, grasnar, gritar, piar 
    Andorinha - chilrar, chilrear, gazear, gorjear, grinfar, trinfar, trissar, zinzilular 
    Andorinhão - crocitar, piar 
    Anho - balar, mugir 
    Anhuma - cantar, gritar 
    Anta - assobiar 
    Anum - piar 
    Apito - assobiar, silvar, trilar 
    Araponga - bigornear, golpear, gritar, martelar, retinir, serrar, soar, tinir 
    Arapuá - V abelha 
    Arara - chalrar, grasnar, gritar, palrar, taramelar 
    Arganaz - chiar, guinchar 
    Ariranha - regougar 
    Árvore - farfalhar, murmurar, ramalhar, sussurrar 
    Asa - ruflar 
    Asno - V burro 
    Auroque - berrar 
    Avestruz - grasnar, roncar, rugir 
    Azulão - cantar, gorjear, trinar 
    Bacurau - gemer, piar 
    Baioneta - tinir 
    Baitaca - chalrar, chalrear, palrar 
    Bala - assobiar, esfuziar, sibilar, zumbir, zunir 
    Baleia - bufar 
    Bandeira - trepear 
    Beija-flor - trissar 
    Beijo - estalar, estalejar 
    Bem-te-vi - cantar, estridular, assobiar 
    Besouro - zoar, zumbir, zunir 
    Bezerro - berrar, mugir 
    Bife - rechinar 
    Bisão - berrar 
    Bode - balar, blalir, berrar, bodejar, gaguejar 
    Boi - mugir, berrar, bufar, arruar 
    Bomba - arrebentar, estourar, estrondar, estrondear 
    Búfalo - bramar, berrar, mugir 
    Bugio - berrar 
    Burro - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, zunar, zurrar 
    Buzina - fonfonar 
    Cabra, cabrito - balar, balir, berregar, barregar, berrar, bezoar 
    Caburé - piar, rir, silvar 
    Caititu - grunhir, roncar 
    Calhandra - chilidar, gazear, grinfar, trinfar, trissar, zinzilular 
    Cambaxira, corruíra, garrincha - chilrear, galrear 
    Camelo - blaterar 
    Campainha - soar, tilintar, tocar 
    Camundongo - chiar, guinchar 
    Canário - cantar, dobrar, modular, trilar, trinar 
    Canhão - atroar, estrondear, estrugir, retumbar, ribombar, troar 
    Cão - acuar, aulir, balsar, cainhar, cuincar, esganiçar, ganir, ganizar, ladrar, latir, maticar, roncar, ronronar, rosnar, uivar, ulular 
    Capivara - assobiar 
    Caracará - crocitar, grasnar, grasnir 
    Carneiro - balar, balir, berrar, berregar 
    Cavalo - bufar, bufir, nitrir, relinchar, rifar, rinchar 
    Cegonha - gloterar, grasnar 
    Chacal - regougar 
    Champanha - espocar, estourar 
    Chave - trincar 
    Cigarra - cantar, chiar, chichiar, ciciar, cigarrear, estridular, estrilar, fretenir, rechiar, rechinar, retinir, zangarrear, zinir, ziziar, zunir 
    Cisne - arensar 
    Cobra - assobiar, chocalhar, guizalhar, sibilar, silvar 
    Codorna - piar, trilar 
    Coelho - chiar, guinchar 
    Condor - crocitar 
    Copo - retinir, tilintar, tinir 
    Coração - bater, palpitar, pulsar, arquejar, latejar 
    Cordeiro - berregar, balar, balir 
    Corneta - tocar, estrugir 
    Corrupião - cantar, gorjear, trinar 
    Coruja - chirrear, corujar, crocitar, crujar, piar, rir 
    Corvo - corvejar, crocitar, grasnar, crasnar 
    Cotovia - cantar, gorjear 
    Cozimento - escachoar, acachoar, grugulejar, grugrulhar 
    Crocodilo - bramir, rugir 
    Cuco - cucular, cuar 
    Curiango - gemer 
    Cutia - gargalhar, bufar 
    Dedo - estalar, estrincar 
    Dente - estalar, estalejar, ranger, ringir, roçar 
    Doninha - chiar, guinchar 
    Dromedário - blaterar 
    Égua - V cavalo 
    Elefante - barrir, bramir 
    Ema - grasnar, suspirar 
    Espada - entrechocar, tinir 
    Espingarda - espocar 
    Esporas - retinir, tinir 
    Estorninho - pissitar 
    Falcão - crocitar, piar, pipiar 
    Ferreiro - V araponga 
    Flecha - assobiar, sibilar, silvar, zunir 
    Fogo - crepitar, estalar 
    Foguete - chiar, rechiar, esfuziar, espocar, estourar, estrondear, pipocar 
    Fole - arquejar, ofegar, resfolegar 
    Folha - farfalhar, marulhar, sussurrar 
    Fonte - borbulhar, cachoar, cantar, murmurar, murmurinhar, sussurrar, trapejar 
    Fritura - chiar, rechiar, rechinar 
    Gafanhoto - chichiar, ziziar 
    Gaio - gralhar, grasnar 
    Gaivota - grasnar, pipilar 
    Galinha d'angola - fraquejar 
    Galinha - carcarejar, cacarecar, carcarcar 
    Galo - cantar, clarinar, cocoriar, cocoricar, cucuricar, cucuritar 
    Gambá - chiar, guinchar, regougar 
    Ganso - gasnar, gritar 
    Garça - gazear 
    Gato - miar, resbunar, resmonear, ronronar, roncar, chorar, choradeira 
    Gaturamo - gemer 
    Gavião - guinchar 
    Gongo - ranger, vibrar, soar 
    Gralha - crocitar, gralhar, gralhear, grasnar 
    Graúna - cantar, trinar 
    Grilo - chirriar, crilar, estridular, estrilar, guizalhar, trilar, tritrilar, tritrinar 
    Grou - grasnar, grugrulhar, gruir, grulhar 
    Guará (ave pernalta) - gazear, grasnar 
    Guará - uivar 
    Hiena - gargalhar, gargalhear, gargalhadear 
    Hipopótamo - grunhir 
    Inambu - piar 
    Inseto - chiar, chirrear, estridular, sibilar, silvar, zinir, ziziar, zoar, zumbir, zunir, zunitar 
    Jaburu - gritar 
    Jacu - grasnar 
    Jaguar - V onça 
    Jandaia - V arara 
    Javali - arruar, cuinchar, cuinhar, grunhir, roncar, rosnar 
    Jia - coaxar 
    Jumento - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, zornar, zurrar 
    Juriti - arrular, arulhar, soluçar, turturinar 
    Lagarto - gecar 
    Lama (quando batida com as mãos, com os pés ou com o corpo) - chapinhar 
    Leão - bramar, bramir, fremir, rugir, urrar 
    Lebre - assobiar, guinchar 
    Leitão - bacorejar, cuinchar, cuinhar 
    Leopardo - bramar, bramir, fremir, rugir, urrar 
    Líquido - gluglu, gorgolejar 
    Lobo - ladrar, uivar, ulular 
    Locomotiva - apitar, resfolegar, silvar 
    Lontra - assobiar, chiar, guinchar 
    Macaco - assobiar, guinchar, cuinchar 
    Macuco - V inambu 
    Maitá, maitaca - V baitaca 
    Mar - bramar, bramir, marulhar, mugir, rebramar, roncar 
    Marreco - grasnar, grasnir, grassitar 
    Martelo - malhar 
    Melro - assobiar, cantar 
    Metal - tinir 
    Metralhadora - pipocar, pipoquear, matraquear, matraquejar 
    Milhafre - crocitar, grasnar 
    Milheira - tinir 
    Mocho - chirrear, corujar, crocitar, piar, rir 
    Morcego - farfalhar, trissar 
    Mosca - zinir, zoar, zumbir, zunir, zumbar, ziziar, zonzonear, sussurrar, azoinar, zunzum 
    Motor - roncar, zunir, assobiar, zumbir 
    Mula - V burro 
    Mutum - cantar, gemer, piar 
    Onça - esturrar, miar, rugir, urrar 
    Onda - bater, bramir, estrondar, murmurar 
    Ovelha - balar, balir, berrar, berregar 
    Paca - assobiar 
    Palmas (das mãos) - estalar, estrepitar, estrugir, soar, vibrar 
    Pandeiro - rufar 
    Pantera - miar, rosnar, rugir 
    Papagaio - charlar, charlear, falar, grazinar, parlar, palrear, taramelar, tartarear 
    Pardal - chaiar, chilrear, piar, pipilar 
    Passarinho - apitar, assobiar, cantar, chalrar, chichiar, chalrear, chiar, chilrar, chilrear, chirrear, dobrar, estribilhar, galrar, galrear, garrir, garrular, gazear, gazilar, gazilhar, gorjear, granizar, gritar, modular, palrar, papiar, piar, pipiar, pipilar, pipitar, ralhar, redobrar, regorjear, soar, suspirar, taralhar, tinir, tintinar, tintinir, tintlar, tintilar, trilar, trinar, ulular, vozear 
    Patativa - cantar, soluçar 
    Pato - grasnar, grassitar 
    Pavão - pupilar 
    Pega - palrar 
    Peixe - roncar 
    Pelicano - grasnar, grassitar 
    Perdigão, perdiz - cacarejar, piar, pipiar 
    Periquito - chalrar, chalrear, palrar 
    Pernilongo - cantar, zinir, zuir, zumbir, zunzunar 
    Peru - gluginejar, gorgolejar, grugrulejar, grugrulhar, grulhar 
    Pião (brinquedo) - ró-ró, roncar, zunir 
    Pica-pau - estridular, restridular 
    Pintarroxo - cantar, gorjear, trinar 
    Pintassilgo - cantar, dobrar, modular, trilar 
    Pinto - piar, pipiar, pipilar 
    Pombo - arrolar, arrular, arrulhar, gemer, rular, rulhar, suspirar, turturilhar, turturinar. 
    Porco - grunhir, guinchar, roncar 
    Porta - bater, ranger, chiar, guinchar 
    Poupa - arrulhar, gemer, rulhar, turturinar 
    Rã - coaxar, engrolar, gasnir, grasnar, grasnir, malhar, rouquejar 
    Raposa - regougar, roncar, uivar 
    Rato - chiar, guinchar 
    Rinoceronte - bramir, grunhir 
    Rola - V pombo 
    Rouxinol - cantar, gorjear, trilar, trinar 
    Sabiá - cantar, gorjear, modular, trinar 
    Sagüi - assobiar, guinchar 
    Sapo - coaxar, gargarejar, grasnar, grasnir, roncar, rouquejar 
    Seriema - cacarejar, gargalhar 
    Serpente - V cobra 
    Tico-tico - cantar, gorjear, trinar 
    Tigre - bramar, bramir, miar, rugir, urrar 
    Tordo - trucilar 
    Toupeira - chiar 
    Touro - berrar, bufar, mugir, urrar 
    Tucano - chalrar 
    Urso - bramar, bramir, rugir 
    Urubu - V corvo 
    Vaca - berrar, mugir 
    Veado - berrar, bramar, rebramar 
    Vespa - V abelha 
    Zebra - relinchar, zurrar

    Mãe Querida,

    Há quase três anos, 30 de abril de 2017, vivenciamos juntas a triste partida do seu grande e inseparável companheiro, meu amado pai. Aos pr...