segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Etimologia de "Energúmeno"

A palavra grega ergon significava obra, trabalho, coisa feita. Daí formou-se também em grego, inicialmente, organon, algo que serve para cumprir algumas tarefas. Da mesma forma, ergon com a anteposição da partícula en forma energeia, energia, força interna viva e atuante. 
Ergon aparece também em palavras mais recentes, como ergonomia, que se refere às regras que se empregam para administrar melhor a energia humana no manejo de uma máquina.
Er.go.no.mi.a - sf.
  1  Estudo das relações entre o homem e a máquina, visando melhorar as condições de trabalho e o consequente aumento da produtividade.
 [F.: erg(o)- + -nomia.]
A mesma raiz  ergon aplicada a um particípio, energoumenos, significava, em grego, algo trabalhado internamente e, consequentemente, alguém que mostra um entusiasmo descontrolado, como possuído pelo demônio, e que, eventualmente, se comporta com violência. A forma passiva dá à raiz a denotação de que  trata-se de uma energia que existe dentro do próprio sujeito, mas cuja causa está na realidade fora dele, como parece ocorrer com os energúmenos.

Nova Ortografia - Principais Alterações


 Alfabeto: O alfabeto brasileiro já tem 26 letras. Foram incluídas k, w e y, usadas em casos especiais, como em siglas e palavras originárias de outras línguas. Exs.: Franklin, frankliano; Darwin, darwinismo; Kuwait, kuwaitiano; Kant, kantismo. Km (para quilômetro), kg (para quilograma), kW, (para kilowatt), W (para oeste - West).

Trema: O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Conserva-se, no entanto, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner; mülleriano, de Müller; etc. Exs.: Bilíngue (ou bilingue), linguista, cinquenta, equino, linguístico, tranquilo, pinguim.

Acento Diferencial: Deixa de existir para diferenciar duas palavras de significado diferente, mas escritas da mesma forma.
Para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
Pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
Polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo;
Pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera.
Há as seguintes exceções:
Pôde (verbo poder no passado) conserva o acento para se distinguir de pode (verbo poder no presente);
Pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir de por (preposição).

Uso facultativo nos casos:
Dêmos (do verbo no subjuntivo que nós dêmos) para se diferenciar de demos (do passado nós demos);
Fôrma (substantivo) para se diferenciar de forma (verbo).

Ditongo Aberto: O acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos das palavras paroxítonas, como alcaloide, assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.
As palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói continuam acentuadas: chapéu, herói, corrói, remói, céu, véu, lençóis, anéis, fiéis, papéis, Ilhéus.

Hiato: Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos dos seguintes casos:
oo – enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo;
ee – creem, deem, leem, releem, veem, preveem
O acento circunflexo continua valendo para sinalizar o plural dos verbos ter e vir e seus derivados: eles têm, eles vêm, eles retêm, eles intervêm.

U tônico: A letra u não será mais acentuada nas sílabas que, qui, gue, gui dos verbos como arguir, redarguir, apaziguar, averiguar, obliquar. Assim, temos apazigue (em vez de apazigúe), argui (em vez de ele argúi), averigue, oblique. Pode-se também acentuar desta forma esses verbos: ele apazígue, averígue, oblíque.

I e U tônicos: As palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas. Desta forma, escreve-se feiura, baiuca, boiuno, cauila. Essa regra não vale quando se trata de palavras oxítonas; nesses casos, o acento permanece. Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú.
Escreve-se com i, e não com e, antes da sílaba tônica: Adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos -iano e -iense. Exs.: acriano (do Acre), camoniano (referente a Camões), torriense (de Torres), açoriano (dos Açores), rosiano (relativo a Guimarães Rosa).

Uso do Hífen:
I – Usa-se:
1- Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, mini-hotel, bem-humorado, mal-humorado, sobre-humano, super-homem.
2- Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico, auto-observação, contra-ataque.
3- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
4- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
5- Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, pró-europeu, pré-vestibular, recém-nascido, sem-terra.
6- Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exs.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
7- Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exs.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
8- Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exs.: vice-rei, vice-almirante etc.
9- Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exs.: inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista.
Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. Exs.: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

II- Não se usa o hífen:
1- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, coautor, plurianual, semiaberto.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
2- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exs.: anteprojeto, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, ultramoderno.
3- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exs.: antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista.
4- Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exs.: hiperativo, interescolar, superamigo, superaquecimento.
5- Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exs.: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, pontapé.

Atenção: Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exs.:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.

Mãe Querida,

Há quase três anos, 30 de abril de 2017, vivenciamos juntas a triste partida do seu grande e inseparável companheiro, meu amado pai. Aos pr...