sábado, 17 de dezembro de 2011

Etimologia de "HIDROGÊNIO" "HÉLIO" "CARBONO" "GALÁXIA" "SUPERNOVA"

HIDROGÊNIO - Do Grego HYDOR, “água”, mais GENOS, “nascimento”, pois ele produz água quando exposto ao oxigênio.
HÉLIO -  Do Grego HELIOS, “sol”, pois esse elemento foi descoberto no espectro solar durante um eclipse em 1868.
CARBONO - Do Latim CARBO, “carvão”, constituído por este elemento.
GALÁXIA - Do Grego GALAXIAS KYKLOS, o “círculo de leite” (formado por estrelas) que parecia rodear nosso planeta. De GALAS, “leite”.
SUPERNOVA - Do Latim NOVA, “nova”, usado a partir de 1877 para designar uma estrela previamente não visível naquele local, mais SUPER, “acima, além”.

Etimologia de "PURÊ"

A palavra "purê" significa “pirão, alimento esmagado”.
Vem do Latim PURARE, “supurar, fazer sair o pus”, pelo verbo francês PURER.

Depois dessa, vou ficar um bom tempo sem querer comer esse prato…

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Números - Numeral

Cardinais e Ordinais

NÚMERO, definição: s.m. Expressão da quantidade; conta certa; quantidade; unidade; coleção de unidades ou de partes da unidade; porção; abundância; série; categoria, classe; cada um dos exemplares de uma publicação periódica; um número do “diário Oficial”; bilhete de loteria; cada um dos quadros ou cenas de um espetáculo teatral de variedades;

- (liter.) harmonia, cadência que resulta da disposição das palavras na prosa ou no verso;
- (gram.) propriedade, que têm as palavras invariáveis, de indicar por certas formas a unidade ou a pluralidade;
- (bras.) (fam.) diz-se do indivíduo desfrutável, ingênuo, engraçado: "esse sujeito é um número!";
- fazer número: figurar sem real utilidade, somente para aumentar o número;
- (arit.) número abstrato: aquele de que não se indica a natureza da unidade;
- (cron.) número áureo: o que indica a quantos se está do ciclo lunar;
- número complexo: o que é composto de diferentes espécies de unidades;
- número concreto: o que designa a espécie das unidades de que é formado;
- número inteiro: aquele que contém a unidade uma ou mais vezes;
- número misto: aquele que é formado de parte inteira e parte fracionária;
- número quebrado: o mesmo que número fracionário;
- número redondo: o que somente expressa as quantidades inteiras, desprezando as frações;
- pl. nome do último livro do Pentateuco;
- (arit.) números primos entre si: os que só têm por divisor a unidade. (Do lat. Numeru.) Globo, Dicionário

Numeral – Classe gramatical que costuma acompanhar o substantivo dando a idéia de: quantidade, ordem, multiplicação ou fração. De acordo com essas significações, o numeral classifica-se como:

CARDINAL indica quantidade Ex.: um, dois, três, dez, vinte...
ORDINAL indica ordem Ex.: primeiro, segundo, terceiro...
MULTIPLICATIVO indica multiplicação Ex.: duplo, triplo, quádruplo...
FRACIONÁRIO indica divisão, fração Ex.: meio, um sexto, um décimo...

Alguns numerais variam em gênero, exemplo: um, uma; dois, duas; e os de duzentos a novecentos.

Outros cardinais variam em número, exemplo: Milhão, milhões; bilhão, bilhões.

Todos os ordinais variam em gênero e número; exemplo: Primeiro, primeira; primeiros, primeiras.

Ambos é chamado numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Portanto, dizer "ambos os dois" é locução pleonástica absolutamente correta, assim como "ambos de dois", desde que usadas com discrição. Ex.: Perguntaram-me se Isabel e Isilda são minhas filhas. Respondo-lhes que o são ambas as duas (ou ambas de duas).

Figurativamente se usa o numeral para expressar número indeterminado. Ex.:

Já lhe disse isso mil vezes, e você ainda não aprendeu!

O garoto fez mil e uma na casa dos Sousas.

Os termos: anterior, posterior, derradeiro, extremo, final, último, penúltimo, antepenúltimo e outros semelhantes não se classificam como numerais, apesar de indicarem posição dos seres: são adjetivos.

Observações:

Na sucessão de séculos, capítulos, reis, anos, príncipes, papas etc.,empregam-se os ordinais de um a dez e os cardinais de onze em diante.

Exemplos: Século V (quinto), Pedro II, (segundo), Luís XIV (catorze), João XXIII (vinte e três), capítulo XV (quinze).

Para enumerar artigos de leis, decretos, portarias devemos nos utilizar dos ordinais até nove, e dos cardinais de dez em diante. Ex.: Artigo dez, artigo nono.

É mais comum usar-se o ordinal para o primeiro dia do mês. Ex.: primeiro de dezembro. Para os outros dias usam-se os cardinais.

Se o numeral aparecer anteposto ao substantivo é lido como ordinal. Ex.: XX Salão do automóvel (vigésimo).

Constantemente usamos os cardinais pelos ordinais. Ex.: casa vinte e um = a vigésima primeira casa; página trinta e dois = a trigésima segunda página.

Os cardinais um e dois não variam nesse caso porque está subentendida a palavra número; casa número vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, devemos dizer e escrever também: a folhas vinte e um, a folhas trinta e dois.

Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado, o que constitui uma impropriedade: a folhas vinte e uma, a folhas trinta e duas.

Não devemos abusar do emprego dos algarismos romanos. Nomes de logradouros públicos devem trazer algarismos arábicos. Ex.: Rua 15 de Novembro (e não Rua XV de Novembro), Avenida 11 de Agosto (e não Rua XI de Agosto). Observe que ninguém usa: Rua I de Maio, Avenida VII de Setembro, Largo II de Julho, Praça XXXI de Março.

Num texto dissertativo, vocábulos têm preferência a números, algarismos. Ex.:

Tenho dez filhos com mais de quinze anos de idade. (Em vez de: Tenho 10 filhos com mais de 15 de idade).

Se o ordinal é de 2.000º. Em diante, o primeiro numeral deve ser cardinal. Ex.:

No 2.056º Ano = No dois milésimo qünquagésimo sexto ano.
A 5.232ª pessoa = A cinco milésima ducentésima trigésima segunda pessoa.

Na língua contemporânea, usa-se o ordinal como o primeiro numeral, sem que isso constitua inconveniente. Ex.:

No 2.056º ano = No segundo milésimo qüinquagésimo sexto ano.
A 5.232ª pessoa = A quinta milésima ducentésima trigésima segunda pessoa.

Se o número for redondo, só é possível esse critério. Portanto:

No 2.000º ano = No segundo milésimo ano.
Ser o 3.000º colocado = Ser o terceiro milésimo colocado.
Ser a 5.000ª pessoa = Ser a quinta milésima pessoa.

Note a concordância nestes casos:

É uma e meia.
São seis horas da tarde.
Da minha casa à escola é um quilômetro.
Da minha casa ao clube são dez quilômetros.
Hoje é dia três de março.
Hoje são três de março.

A palavra um ou uma podem ser numeral ou artigo indefinido, caso tenha dúvida é só substituir a palavra um ou uma por: só (apenas, somente, unicamente).

Por exemplo: Não tinha dinheiro, por isso comprei um livro.

No caso, a palavra um é numeral, indica quantidade, assim, poderíamos dizer:

Não tinha dinheiro, por isso comprei (apenas, somente, unicamente) um livro.

Achei um livro na gaveta.
Neste caso, a palavra um é um artigo, pois poderíamos dizer: Achei um livro qualquer na gaveta.

Numerais Coletivos

Certos numerais indicam um conjunto de seres. São os numerais coletivos. Eles indicam número delimitado. Eis alguns deles:

biênio - período de dois anos
bíduo - período de dois dias
casal - par, composto de macho e fêmea
centena - de cem
década ou decênio - período de dez anos
dezena - de dez
dúzia - de doze
grosa - doze dúzias ou cento e quarenta e quatro
lustro - período de cinco anos
milênio - período de mil anos
novena - período de nove dias
quadriênio - período de quatro anos
quarentena - período de quarenta dias
qüinqüênio - período de cinco anos
quinzena - período de quinze dias
século - período de cem anos
semana - período de sete dias
semestre - período de seis meses
tríduo - período de três dias
dístico - dois versos

CARDINAIS ORDINAIS
Arábicos Romanos Por extenso Símbolo Por extenso
0 ***** zero ***** *****
1 I um primeiro
2 II dois segundo
3 III três terceiro
4 IV quatro quarto
5 V cinco quinto
6 VI seis sexto
7 VII sete sétimo
8 VIII oito oitavo
9 IX nove nono
10 X dez 10º décimo
11 XI onze 11º décimo primeiro
12 XII doze 12º décimo segundo
13 XIII treze 13º décimo terceiro
14 XIV quatorze 14º décimo quarto
15 XV quinze 15º décimo quinto
16 XVI dezesseis 16º décimo sexto
17 XVII dezessete 17º décimo sétimo
18 XVIII dezoito 18º décimo oitavo
19 XIV dezenove 19º décimo nono
20 XX vinte 20º vigésimo
30 XXX trinta 30º trigésimo
40 XL quarenta 40º quadragésimo
50 L cinqüenta 50º qüinquagésimo
60 LX sessenta 60º sexagésimo
70 LXX setenta 70ª septuagésimo
80 LXXX oitenta 80º octogésimo
90 XC noventa 90º nonagésimo
100 C cem 100º centésimo
101 CI cento e um 101º centésimo primeiro
200 CC duzentos 200º ducentésimo
300 CCC trezentos 300º trecentésimo
400 CD quatrocentos 400º quadringentésimo
500 D quinhentos 500º qüingentésimo
600 DC seiscentos 600º sexcentésimo
700 DCC setecentos 700º setingentésimo
800 DCCC oitocentos 800º octingentésimo
900 CM novecentos 900º noningentésimo
1000 M mil 1000º milésimo


FRACIONÁRIOS MULTIPLICATIVOS
Símbolo Por extenso
1/1 ***** *****
1/2 um meio, metade duplo, dobro, dúplice
1/3 um terço triplo, tríplice
1/4 um quarto quádruplo
1/5 um quinto quíntuplo
1/6 um sexto sêxtuplo
1/7 um sétimo sétuplo
1/8 um oitavo óctuplo
1/9 um nono nônuplo
1/10 um décimo décuplo
1/11 um onze avo/s undécuplo / onze vezes
1/12 um doze avo/s duodécuplo / doze vezes
1/13 um treze avo/s treze vezes
1/14 um quatorze avo/s *****
1/15 um quinze avo/s *****
1/16 um dezesseis avo/s *****
1/17 um dezessete avo/s *****
1/18 um dezoito avo/s *****
1/19 um dezenove avo/s *****
1/20 um vinte avo/s *****
1/30 um trinta avo/s *****
1/40 um quarenta avo/s *****
1/50 um cinqüenta avo/s *****
1/60 um sessenta avo/s *****
1/70 um setenta avo/s *****
1/80 um oitenta avo/s *****
1/90 um noventa avo/s *****
1/100 um cem avo/s, centésimo cêntuplo
1/101 um cento e um avo/s *****
1/200 um duzentos avo/s, ducentésimo duzentas vezes
1/300 um trezentos avo/s, trecentésimo *****
1/400 um quatrocentos avo/s, quadringentésimo *****
1/500 um quinhentos avo/s, qüingentésimo *****
1/600 um seiscentos avo/s, sexcentésimo *****
1/700 um setecentos avo/s, septingentésimo *****
1/800 um oitocentos avo/s, octingentésimo *****
1/900 um novecentos avo/s, nongentésimo *****
1/1000 um mil avo/s, um milésimo *****

sábado, 26 de novembro de 2011

Texto do Superinterminável


SUPERINTERMINÁVEL
Parece que estou ouvindo minha mãe dizer que eu deveria agradecer a Deus pelo fato de poder ir ao supermercado e por ter um supermercado para ir. Mas eu agradeço, também por isso!
O problema é que eu não desfruto de talento para a coisa. Sofro do mal chamado “Resistência de Supermercado”. Sou uma cardiopata daqueles corredores gigantescos e das filas intermináveis. É muita demora para comprar apenas alguns itens. E também sempre há uma dúvida de preço, de produto, de promoção. Só revisar a validade de cada produto posto no carrinho é uma trabalheira danada.
Viciei nos mercadinhos feito para as urgências. É da infância o registro sonoro: “vai ali e compra um quilo de tomate, pó de café, uma lata de salsicha e um guaraná.” Miudezas que completam a despensa, naquele instante em que todo atraso estragará o ponto da comida.

Volto em cinco minutinhos. Não é necessário enfrentar nada nem ninguém no meio do caminho, nem dentro do mercadinho. Nem as malditas filas, esbarrões, são cem metros livres e desimpedidos.
Já fui muitas vezes ao supermercado. Para fazer compras e também só para analisar os outros. Percebi que há pessoas que consideram o supermercado uma arte. Procuram a perfeição. Acho que algumas mulheres pretendem superar a mãe introjetada, e não dar a mínima chance para sogra. Não buscam correr. Há uma diferença entre se preparar e apressar. Elas se preparam para o ato. Valorizam o ritual, reparar, comparar, comentar novidades, é regra começar a andança pelo setor predileto para terminar por aquele que menos as agradam. Há aquelas que consideram esquecer um item como um pecado, esquecer dois é um desastre. Passam horas reclamando e se mortificando da falha. Têm um aproveitamento de 98%, mas não se aquietam.
Para algumas mulheres, o supermercado deve ter sido a praça da infância. O parque de diversão. Ficam tão à vontade que consomem aquilo que estão comprando. É uma relação atávica de criança, a fome faz parte da motricidade: balançar e comer pipoca, andar de gangorra e comer algodão doce.

 Algumas escolhem as uvas, pesam e vão degustando uma por uma até o fim enquanto passeiam pelos corredores. Depois abrem um pacote de salgadinhos e o esvazia antes de passar no caixa. Sem contar a mão cheia de pãezinhos de queijo já consumidos na fila do pão. Comem no mercado porque se sentem em casa. É o único lugar em que não falta nada.
Os homens são totalmente objetivos. Em tudo. Vão pegando, pegando e andando como se fosse tudo de graça. Não importa a marca ou o tamanho. Não comparam os preços dos produtos similares. Precisa? Então pega!

Confesso que de todas as tarefas do meu dia a dia, ir ao supermercado é a mais penosa. O que me apavora não são apenas as filas intermináveis, é que ele é uma lei de Murphy permanente.
Sempre compro algo que não preciso, o estacionamento está sempre cheio e num corredor tinha vaga, o caixa (escolhido a dedo) sempre acende a luz e precisa de um troco, esse mesmo caixa sempre demora mais que o do lado. O empacotador sempre coloca o detergente junto com o queijo, e sempre esqueço algo que precisava.
Quando faço a tal listinha, sempre a esqueço em casa ou no carro, ou esqueço um item que precisava estar na listinha. A rodinha do meu carrinho sempre está quebrada e o cara da frente, na fila interminável do pão, pede, no mínimo, 80 pães. Sem contar aquele negócio de “prova” grátis, que sempre acaba na minha vez.
Quando entro no supermercado, pergunto a um funcionário onde fica tal produto e ele sempre faz aquela cara de não-entendo-sua-língua, olha para as ilegíveis plaquinhas (coisa que eu já fiz, mas o estúpido acha que não) e me manda pro corredor mais longe que existe, e, lá alguém pode ser que me ajude....e o mais irritante, repito: as filas intermináveis.
Sobre o caixa, não falo quase nada: É uma fila filha da fila, um povo mais mal humorado que eu, a fita do papel que acaba, a falta de um código, a digitação errada de um preço que depende de um supervisor para ser corrigida... é o fim!
E ainda me perguntam por que eu não gosto de supermercado. Pode ser tudo isso, mas não é. Eu não sei o porquê, mas eu não gosto, aliás, eu odeio! Pode ser por ter que batalhar por uma vaga no estacionamento, tirar coisas da prateleira, colocar no carrinho, tirar do carrinho, colocar no caixa, tirar do caixa, colocar nas sacolas, pegar as sacolas, colocar outra vez no carrinho, tirar do carrinho, colocar no carro, tirar do carro, colocar na cozinha, tirar das sacolas, colocar no armário, na geladeira, no banheiro..... Aaaahhhhhh,  detesto!
E as filas, então? In-ter-mi-ná-veis...
Ir ao supermercado? Agradecida, mamãe!
http://chaveando.files.wordpress.com/2011/09/supermercado.jpg?w=614&h=389

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Concordância do verbo "ser"

O verbo "ser" tem uma característica muito especial: é o único na língua portuguesa que permite a concordância com o predicativo.
Essa característica nos faculta escolher entre "Tudo é flores" ou "Tudo são flores", só para ficar num exemplo clássico.
O fato é que, com o verbo "ser", não importa muito a função sintática. É tudo uma questão de preferência, que pode ser resumida assim:
1. Sujeito coisa e predicativo coisa - a preferência é pela coisa plural: "Nossa força são as florestas".
2. Sujeito pessoa e predicativo pessoa - como no caso anterior, preferência pela forma plural: "Aqueles personagens eram um só ator"; "Um só ator eram aqueles personagens".
3. Oração formada por pessoa e coisa - independentemente da função sintática desses termos (sujeito ou predicado), o verbo concorda preferencialmente com a pessoa: "As crianças são o melhor do mundo"; "O melhor do mundo são as crianças".
4. Oração formada por pessoa e pronome pessoal - qualquer que seja a função sintática deles, a preferência é pelo pronome: "O comandante, trabalhadores do Brasil, sois vós".
5. Coisa e pronome - independentemente da função sintática, preferência pelo pronome: "A cor dessa cidade sou eu".
6. Sujeito pronome pessoal e predicativo pronome pessoal - preferência pelo pronome sujeito: "Eu sou eles amanhã", "Eles são eu amanhã".

UM CASO ESPECIAL


Numa oração em que o sujeito está indeterminado (sem artigo, pronome ou adjetivo) e o predicativo é representado por adjetivos como "bom", "necessário" e "proibido", o verbo "ser" não varia: "Vitaminas é bom para todos", "Comida é necessário", "É proibido cães".
Se, porém, o sujeito estiver determinado, a concordância será normal: "A vida é boa"; "É necessária a sua ajuda"; "São proibidas pessoas estranhas".
Convém acrescentar que o adjetivo "preciso", quando abre a oração, fica no singular, estando ou não determinado o sujeito: "É preciso a participação popular"; "É preciso muitas qualidades para trabalhar naquela empresa".
 
DESAFIO

Qual frase está de acordo com a norma culta?

a) Eram perto das 12 horas.
b) Era perto das 12 horas.
c) “a” e “b” estão corretas.

RESPOSTA
Indicando horas e seguido de locuções como "perto de", "cerca de", "mais de", o verbo "ser" tanto pode concordar no singular como no plural. Portanto, "a" e "b" estão corretas.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Etimologia de "Bolero"

Não se conhece, com certeza, a procedência do nome deste rítmo andaluz originado no século XVIII, modernizado em Cuba e convertido em sucesso latino-americano na primeira metade do século XX.
Sabe-se que, em certa época, chamou-se “bolero” o chapéu de dança andaluz, e hoje tem a acepção, entre outras, de chapéu copado, o que poderia ter levado a se dar o mesmo nome para a dança. Mas também se aplica em espanhol antigo, a quem diz muitas mentiras com base na gíria cigana “bola”, mentira.
No Dicionário castelhano de Terreros, está registrado com o sentido de “menino que falta à escola sem que sua família saiba”.
Todas estas acepções levaram Corominas a formular a hipótese, não suficientemente comprovada, de que o vocábulo "bolero" poderia haver nascido associado à ideia de vagal, homem sem profissão. No entanto, o mesmo autor também apresentou a possibilidade de que a palavra tenha se derivado do castelhano “vuelo” - voo -, pois o bolero é todo em saltos, como um voo.

Abbottabad

Abbottabad:  A cidade paquistanesa onde o terrorista Osama bin Laden terminou seus dias tomou seu nome do general britânico Sir James Abbott, que a fundou em 1853, pouco depois de as forças da Rainha Vitória anexarem o Punjab.
Na língua urdu, o nome significa algo como “cidade de Abbott”, assim como Islamabad é a cidade do Islam.
O nome Abbottabad, conhecido em nossa língua a partir do assassinato de Bin Laden, foi empregado até agora sem qualquer mudança ortográfica pela maior parte da imprensa.

Etimologia de "Correio"

No Brasil denomina-se "Correios" por se tratar de mais de um serviço: "Correios e Telégrafos".
Definição geral: É o nome do serviço público, que tem por objeto o transporte da correspondência oficial e privada, e também designa a pessoa que tem por ofício, levar a correspondência de um lugar para outro. Por extensão, é também o veículo que leva a correspondência.
Palavra comum a várias línguas romances, sua origem é duvidosa, embora se suponha que provém do provençal antigo “corrieu”, composta de “corir”, correr, e “lieu”, lugar.
Este termo também denotava a pessoa que ia de um lugar a outro com cartas e mensagens. No entanto, alguns chamaram a atenção para a importância que pode ter tido em sua formação, o vocábulo do castelhano antigo “correo”, que nos tempos de El Cid Campeador significava bolsa para levar dinheiro. Esta hipótese deixa sem explicar como chegou esta palavra, naqueles tempos de comunicações difíceis e de viagens raras e intermináveis, ao italiano “corriere” e ao francês “courrier”, ao catalão “correu”, ao provençal “corrieu” e ao português correio.
É mais clara a etimologia do adjetivo "postal", proveniente do latim “positus”, o nome dos postos de correio situados ao longo dos caminhos, destinados ao descanso dos cavalos dos mensageiros.

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Concordância na Voz Passiva

A voz passiva sintética é uma ilustre desconhecida para a maioria. É por isso que predominam frases equivocadas como “Vende-se carros”, “Aluga-se salas” e “Contrata-se costureiras”.
A gramática nos ensina que existem três vozes: 
– ativa, o sujeito pratica a ação: “Ele vende carros”;
- passiva, o sujeito sofre a ação: “Vendem-se carros” ou “Carros são vendidos”;
- reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação: “Ele se cortou”.

O grande problema é que, geralmente, não entendemos que nas orações, o sujeito pode ser passivo e vemos o substantivo (que exerce a função de sujeito) como objeto direto, por isso diz “Vende-se carros”.
 
É isso que leva alguns linguistas a dizer que no português do Brasil não existe a voz passiva sintética e que o substantivo dessa estrutura é realmente um objeto direto.
Será mesmo? Vamos pronominalizar o termo “carros” da construção popular “Vende-se carros”.
Que pronome usaremos? Se “carros” é objeto direto, o pronome que substitui objeto direto é o oblíquo, neste caso,“os”.
Fica, dessa forma, “Vende-se os”.
Ruim, não é?
Vamos tentar com outro pronome: “Vende-se eles”.
Agora, sim, ficou bom.
Sabe por quê? Porque “ele” é pronome pessoal que exerce a função de sujeito.
Isso prova que “carros” é sim o sujeito da oração, tanto que foi substituído por um pronome que pode exercer a função de sujeito.
Não há dúvida, portanto, que existe a voz passiva sintética.
Se alguém não sabe identificá-la, são outros quinhentos.
E pode haver várias causas. Uma delas: a qualidade do nosso ensino.
 
Para identificar a voz passiva sintética, o primeiro passo é entender que existem orações em que o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo, ou seja, é passivo.
 
O segundo é saber que todas as orações na voz passiva sintética têm esta estrutura: verbo transitivo direto (que pede complemento sem preposição) acompanhado da partícula apassivadora “se” e de substantivo, que é o sujeito passivo e leva o verbo a concordar com ele.
Veja: “Alugam-se casas”.
Estrutura da oração: verbo transitivo direto + se + substantivo/sujeito passivo.
 
Há vezes em que o “se” vem antes do verbo e a estrutura muda um pouquinho: “Em Bruxelas dificilmente se veem mendigos”.
Estrutura da oração: se + verbo transitivo direto + substantivo/sujeito.
Importante também é saber que todas essas orações podem ser passadas para a voz passiva analítica, que tem a seguinte estrutura:
- substantivo/ sujeito passivo + verbo ser + particípio.
Ou seja:
“Alugam-se casas” se transforma em “Casas são alugadas”;
“Em Bruxelas dificilmente se veem mendigos” vira “Em Bruxelas dificilmente mendigos são vistos”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Desparecer x espairecer

Você sabe a diferença entre "desparecer" e "espairecer"?
 
A palavra "desparecer" é sinônimo de "desaparecer", de "sumir".

Muitos a usam com o sentido de "distrair-se", de "entreter-se", de "descansar a mente por meio de recreação".

Quem assim procede está confundindo "desparecer" com  "espairecer".

Esta sim é que significa "distrair-se", "entreter-se", "descansar a mente por meio de recreação": "Estou estressado. Preciso espairecer um pouquinho.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Etimologia de "Estrutura"

A palavra latina “structura”, de onde provém este vocábulo, formou-se a partir do verbo “struere”, ‘acomodar em pilhas, empilhar’, que por sua vez provém da raiz indoeuropéia “ster-“, despregar.
Um vez que os romanos deram ao verbo “struere” a denotação acima indicada, formou-se não só "estrutura", mas também uma ampla família de palavras na qual se contam verbos e substantivos, cujos significados se determinam mediante o uso de prefixos, tais como:
construir - com o prefixo con-;
reconstruir - mediante os prefixos re- (‘de novo’), con-;
destruir - mediante o prefixo des-;
instruir - ‘ministrar a alguém elementos internos como o conhecimento’, mediante o prefixo in-;
obstruir - mediante o prefixo ob-, ‘contra’.
De instruir derivou-se também instrumento. O prefixo in- tomava, às vezes, em latim a forma “indu”, com o qual instruir deu lugar também à indústria e seus derivados.
Antepondo o prefixo super-, temos superestrutura, originalmente ‘algo que está construido acima’.

Nos primeiros anos do século XX, o linguista suiço Ferdinand de Saussure tomou a palavra para explicar sua teoria da linguagem humana, que concebia como uma estrutura binária. Este enfoque influiu logo sobre outras ciências e disciplinas, como a Antropologia e a Filosofia, nas quais se desenvolveram correntes estruturalistas baseadas nas ideias de Saussure.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Etimologia de "Odisseia"

Depois da Ilíada, o poema épico no qual é narrada a guerra de Troia, Homero cantou a “Odisea” para contar a saga de Odiseo, o mais célebre dos heróis daquela guerra. Ao fim da guerra de Troia, Odiseo (para os latinos, Ulisses) viveu incontáveis peripécias e demorou vinte anos para chegar a sua casa em Ítaca, onde era esperado por sua mulher, Penélope, e por seu filho, Telêmaco.
O nome de Odiseo passou às línguas modernas como epônimo de uma longa viagem, cheia de toda sorte de aventuras ou, também, de uma sucessão de peripécias, no geral desagradáveis, por que alguém passa.
Definição do Houaiss:   (o.dis.sei.a)
  1  Longa viagem cheia de aventuras, peripécias e eventos inesperados: Nossa odisseia ao Marrocos quase nos matou.
  2  Narração dessa viagem.
  3  Fig.  Qualquer coisa que envolve obstáculos e complicações inesperadas: Tirar a carteira de motorista foi uma odisseia.

 [F.: Do lat. odyssêa, ae, deriv. do gr. odusseía, as.]

Complicações idiomáticas

É verdade matemática
Que ninguém podi negá
Quessa história de gramática
Só servi pra atrapaiá

Inda vem língua estrangera
Ajudá a compricá
Mió nóis cabá cuisso
Pra todus podê falá.

Na Ingraterra ouví dizê
Que um pé de sapato é xu
Desde logo já se ve
Dois pé de sapato é xuxu

Xuxu pra nois é legumi
É verdade e não buato
O ingrês que lá se arrumi
Mas nóis num come sapato.

Ná Itália ouví dizê
Eu não sei porque razão
Que mantega lá é burro
Lá se passa burro no pão

Desse jeito pra mim chega
Sarve o povo do sertão
Onde mantega é mantega
Nóis num come burro não.

Na América corpo é bódi
Veja que bódi vai dá
Conhecí uma americana
Doida pro bódi entregá

Fiquei meio atrapaiado
E disse pra me escapá
Oia moça eu não sou cabra
Chega seu bódi pra lá.

No Chile cueca é dança
Pra se dançá e bailá
Lá se dança e baila cueca
Até a noite acabá

Mas se um dia um chileno
Vié pro Brasil dançá
Tente mostrá a cueca
Pra ve onde vai pará.

Uma gravata esquisita
Um certo francês me deu
Perguntei onde se bota
Acho que num entendeu

Me danei com a resposta
Isso é coisa eu que não faço
Seu francês maleducado
Mete a gravata no seu.
(Sem indicação de autor,  alterei alguns vocábulos.
Meus  agradecimentos a Manoel Carlos Pinheiro).

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Qual é o Gênero? Parte II

O cal ou a cal? É substantivo de gênero feminino.
Por Exemplo: A cal que vamos utilizar na obra já foi encomendada.
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O púbis ou a púbis? É substantivo do gênero masculino.
Por Exemplo: O púbis é a parte mais anterior do osso ilíaco.
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O xerox  ou  a xerox? Tanto faz. As duas formas são aceitas. Por Exemplo: Peguei o xerox que a professora solicitou. generos_xerox.jpg (2706 bytes)
O magazine ou a magazine?  É substantivo de gênero masculino, originado da forma francesa magasin (armazém).
Por Exemplo: O magazine abrirá neste feriado.
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O mascote ou a mascote? É substantivo de gênero feminino, originado da forma francesa mascotte (representa boa ventura, boa sina). A mascote pode ser representada por pessoa, animal ou coisa, cuja presença traga boa sorte.
Por Exemplo: Nos jogos pan-americanos de 2007, o Brasil elegeu uma mascote.
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O fondue ou a fondue? É substantivo de gênero feminino, corresponde ao particípio passado do verbo fondre, que em francês significa fundir (derreter). O dicionário Aurélio e o Vocabulário Ortográfico da ABL registram fondue como substantivo de gênero feminino. Para o dicionário Houaiss, é substantivo de dois gêneros.
Por Exemplo: Nos dias frios, gosto de saborear uma fondue.
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O musse ou a musse? É substantivo de gênero feminino, originado da forma francesa mousse (espuma), referindo-se a uma preparação culinária leve e espumosa.
Por Exemplo: Adoro a musse de maracujá feita por minha mãe.
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O baguete ou a baguete? Segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, é substantivo de gênero feminino. A palavra tem origem na forma francesa baguette (bastão pequeno e fino).
Por Exemplo: Comprei uma baguete para comer durante a tarde.
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O champanhe ou a champanhe? É substantivo de gênero masculino, pois refere-se a um vinho. A palavra originou-se da forma francesa champagne.
Por Exemplo: O champanhe é um vinho branco mundialmente conhecido e produzido na região de Champagne, no nordeste da França.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dia do Trabalho ou do Trabalhador?

Essa dúvida costuma vir à tona nestes dias que antecedem o 1º de Maio.
É mais uma questão de preferência, pois as duas formas são corretas.
 
Em Portugal, por exemplo, é mais comum Dia do Trabalhador.
No Brasil, talvez por influência de outros países, Dia do Trabalho tem forte uso.
Espanha: Día del Trabajo;
França:   Fête du Travail;
Itália:     Festa del Lavoro; 
Estados Unidos: Labor Day.

E não vale criticar a preferência brasileira sob o argumento de que na data em questão o homenageado é o trabalhador, e não o trabalho. Bobagem. Em Dia do Trabalho, trabalho está por trabalhador.
Ou seja, há neste caso uma relação de metonímia, figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra no lugar de outra por haver entre elas alguma associação de sentido.

Em resumo: tanto faz dizer Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador.

domingo, 17 de abril de 2011

Qual é o Gênero?

À exceção dos seres sexualmente diferenciados, o gênero de alguns substantivos fixa-se ao longo da evolução histórica de cada língua. Assim, não raro um mesmo substantivo difere, quanto ao gênero, de uma língua para outra. Existem palavras que possuem gênero ambíguo, a elas se aplicando tanto o masculino como o feminino. Há nomes que são chamados comuns de dois, por se aplicarem a ambos os sexos. Diante das variações possíveis, o gênero de algumas palavras costuma provocar discussões. Veja a seguir as dúvidas mais frequentes:
O guaraná ou a guaraná? O refrigerante, feito de um fruto da Amazônia, possui gênero masculino, da mesma forma que o fruto. Fala-se erradamente em ‘a guaraná’, por analogia a outros refrigerantes (como a Coca, Pepsi, etc.).
Por Exemplo: Vamos beber um guaraná.
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O aguardente ou a aguardente? É substantivo de gênero feminino.
Por Exemplo: Esta aguardente é a melhor que encontramos no mercado.
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O gambá ou a gambá? Tanto faz. As duas formas são corretas.
Por Exemplo: A gambá é um animal mamífero.
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O pernoite ou a pernoite? É substantivo de gênero masculino.
Por Exemplo: O pernoite nesta pousada está um pouco caro.
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O sabiá ou a sabiá? Tanto faz. As duas formas são corretas.
Por Exemplo: O canto da sabiá é muito conhecido.
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O laringe ou a laringe? Tanto faz. As duas formas são corretas.
Por Exemplo: O laringe evita a penetração de alimento na traqueia.
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O diabete ou a diabete? As duas formas são aceitas. Em alguns casos, usa-se diabetes, que apesar do "s" final, trata-se de um vocábulo no singular. Assim, tem-se: o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes.
Por Exemplo: Na aula de biologia, estudaremos o diabete.
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O fênix  ou a fênix?  É substantivo de gênero feminino.
Por Exemplo: A ave fênix, segundo a tradição egípcia, renascia das próprias cinzas.
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"A moral" ou "O moral"?

A moral é o conjunto das normas de conduta, os princípios que regem os bons costumes de uma sociedade e que são convencionados como válidos. Por exemplo:
Respeite a moral de nossa cidade.
A moral também pode significar a conclusão ou o propósito de algum fato. Por exemplo:
Qual foi a moral da piada que ele contou?

O moral diz respeito ao ânimo, à disposição e ao estado de espírito das pessoas. Por exemplo:
O moral da classe estava baixo depois da prova de Português.
O técnico melhorou o moral do time.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eufonia e Cacofonia

Eufonia é palavra de origem grega que significa “escolha harmoniosa dos sons”.
O conceito oposto da eufonia é a cacofonia, que tende a ser evitada principalmente na linguagem mais cuidada.

Alguns exemplos de Cacofonia:

Paguei vinte reais por cada litro de azeite
A boca dela é muito grande
Essa fada é mais bonita que a outra.
Eu não queria amá-la, mas amei-a.
João toca gado no campo.
Nesse calor, até elefante na bunda sua.
Bota em você aperta?
Vamo de carro, João vai na frente e Paula atrás.
Você corre também ou só caminha?
Quem tem posto aí atrás?
Tem culpa ele?
Ele tem fé demais.
Aqui não tem pão, mas lá tinha
A vez passada comemos aqui
Uma herdeira confisca gado em Mato Grosso
Estas ideias, como as concebo, são irrealizáveis
Nunca gaste tudo


...e muito mais...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A fora ou Afora

Quase sempre é "afora", em uma palavra.
"A fora", separado, só se usa em oposição a "dentro": "Dedetizou a casa de dentro a fora".
Nos demais casos, "afora":
"Foram todos ao cinema, afora o pai";
"Ajuda vários amigos, afora a família";
"Saiu porta afora";
"Andou por este país afora";
"Seguiu rio afora";
"O filme está quebrando recordes de bilheteria mundo afora.

terça-feira, 29 de março de 2011

Pronúncia e Etimologia de "Subsídio e "Obséquio"

Subsídio
O "s" dessa palavra soa como "ss", e não como "z", do mesmo modo que subsaariano, subsecretário, subserviente, subsistência, subsolo.
Para ter som de “z”, o “s” precisa ficar entre duas vogais.Não é o caso.
A palavra subsídio designava uma corporação do exército romano, sub sedio, que era formada por soldados estrangeiros. Essa corporação somente atuava quando havia necessidade de socorro, de auxílio, o que explica o sentido moderno de subsídio.

Obséquio
Das palavras com o encontro “-bs-”, o “s” tem som de “z” somente em obséquio e derivadas (obsequiar, obsequioso, obsequiosidade).
É por um motivo etimológico. Obséquio é da família de exéquias. Elas não são sinônimas, a primeira significa favor, a segunda, cerimônias fúnebres.
A relação de parentesco, porém, fica clara em obséquias, sinônimo de exéquias, e no latim: obsequiae, plural de obsequium(serviço), do verbo obsequi (ceder a, obedecer), com a base sequi(seguir), também presente em exsequiae.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Etimologia de "Napalm"

Napalm é um explosivo usado em bombas incendiárias e lança-chamas. Durante a Primeira Guerra Mundial, os alemães haviam empregado gasolina com o mesmo propósito, mas constataram que se consumia com demasiada rapidez.
Pouco depois de os Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial, Washington destinou fundos a uma pesquisa para fazer com que a gasolina se extinguisse mais lentamente, até que, em 1942, a Universidade de Harvard e o Exército norte-americano encontraram a maneira de misturar a gasolina com uma substância gelatinosa, o palmitato de sódio, para que a combustão durasse mais tempo e, assim, provocasse mais dano. A empresa que o fabrica com exclusividade para o governo norte-americano é a Dow Chemical.
O Napalm foi usado no Japão, Coréia e Vietnam, onde causou tragédias tão horríveis que foi condenado internacionalmente como arma genocida. No Iraque e Afeganistão, os Estado Unidos trocaram o NapalmB por um produto muito parecido, denominado Mark-77, que consideram legal porque não está incluído na proibição das Nações Unidas de 1980.
"O nome napalm deriva do acrônimo dos nomes dos seus componentes originais, sais de alumínio co-precipitados dos ácidos nafténico e palmítico. Estes sais eram adicionados a substâncias inflamáveis para serem gelificadas."
Fonte: Wikipedia

Etimologia de "Foragido"

Delinquente que abandona seus lugares habituais para não ser alcançado pela justiça.
As cidades medievais constituíram uma proteção para as pessoas que queriam defender-se de invasores estrangeiros, malfeitores e saqueadores. Formaram-se em redor dos castelos, como uma maneira de contar com a proteção dos senhores, e também no cruzamento de caminhos, por onde circulavam mercadorias que se convertiam em pretexto para as feiras.

Desde a Alta Idade Média e, em alguns casos, até a primeira metade do século XIX, as cidades tinham limites perfeitamente definidos: em geral, estavam amuralhadas de tal forma, que não se permitia entrar sem a aquiescência dos guardas que as protegiam. Este limite se chamava exido, e seus remanescentes ainda subsistem em algumas cidades modernas. Exido provém de exire, sair, verbo formado pelo antigo vocábulo latino exitus, saída, que também encontramos no inglês exit, com o mesmo significado.

Os fugitivos da justiça costumavam escapar para onde a jurisdição das autoridades urbanas não pudesse alcançá-los e iam viver fora do exido: eram os fora exido ou foraxidos.

Uma palavra equivalente formou-se em italiano com o verbo uscire, sair, que é a forma italiana de exire: fuoriuscito, mas hoje esta palara já não é equivalente ao nosso foragido, pois evoluiu para seu atual significado de exilado, desterrado.

Etimologia de "Claustrofobia"

Significa o medo patológico aos espaços fechados. Quem padece dessa neurose sofre acessos de pânico ou angústia quando se encontra, por exemplo, em um elevador ou num quarto pequeno e fechado. Segundo a psicanálise, a claustrofobia é causada por um sentimento de culpa relacionado com o desenvolvimento anormal da sexualidade.
A palavra – cunhada pelo criador da psicanálise, Sigmund Freud, e registrada em Português nos anos 20 do século passado – está formada pela voz latina claustro e a grega phobeoma, eu temo. Claustrum significa em latim, tranca, ferrolho, fechadura, tudo aquilo que serve para fechar um local e, por extensão, designa um recinto fechado. Derivado do verbo claudere, fechar, este vocábulo está também na origem de enclausurar, fechar de forma definitiva; de incluir, colocar dentro de um espaço fechado e de concluir, encerrar (no sentido de algo terminado).
Em inglês a palavra latina deu lugar aos verbos  to close, fechar, e to disclose , revelar, dar a conhecer, além de originar muitos outros verbos compartilhados com a nossa Língua, tais como: include, incluir, conclude, concluir.

Mãe Querida,

Há quase três anos, 30 de abril de 2017, vivenciamos juntas a triste partida do seu grande e inseparável companheiro, meu amado pai. Aos pr...